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Foto do escritorRafaela Ribeiro

30/10 - Dia nacional de Luta Contra o Reumatismo

- A relação da microbiota intestinal no desenvolvimento de doenças reumáticas -




O Dia Nacional de Luta do Paciente Reumático foi estabelecido pela Portaria de Consolidação MS nº 1/2017, art. 527, para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado na vida dos pacientes.


As doenças reumáticas, também conhecidas como reumatismo, apresentam alta prevalência na população e abrangem centenas de enfermidades. As mais comuns incluem artrite reumatoide, osteoporose, osteoartrite (artrose), gota, febre reumática e fibromialgia.

Essas doenças acometem as articulações, cartilagens, tendões, músculos, ossos, mas também podem afetar a pele, o coração, os pulmões, olhos, rins e o intestino, levando a processos inflamatórios crônicos, degeneração ou distúrbio metabólico.


As causas das doenças reumáticas podem incluir fatores genéticos, traumatismos, sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, entre outras.


Diversos estudos têm demonstrado a importância da microbiota intestinal no desenvolvimento de várias dessas doenças, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, espondilite anquilosante e fibromialgia, nas quais há uma redução da diversidade microbiana. Além disso, na artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico observa-se uma redução da quantidade de bactérias produtoras de butirato, um metabólito que desempenha funções anti-inflamatórias, e um aumento de bactérias associadas à inflamação.


Esse desequilíbrio da microbiota intestinal (disbiose) então, pode induzir uma resposta inflamatória crônica, o que contribui para a ocorrência dessas doenças. No entanto, ainda não se sabe ao certo o mecanismo pelo qual a disbiose interfere na progressão das doenças reumáticas.


Assim, intervenções na microbiota intestinal, a partir da dieta e uso de probióticos, por exemplo, constituem estratégias futuras promissoras para auxiliar no tratamento das doenças reumáticas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos. Porém, para isso acontecer, mais estudos são necessários para estabelecer a relação entre a disbiose e o desenvolvimento dessas doenças.



Rafaela Ribeiro


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